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23.3.10

É possível viver sem preocupação???

Acredito que não, em algum momento nós estaremos pré-ocupados com alguma coisa, que pode ser uma atividade no trabalho, a falta de dinheiro no fim do mês, a demora de um filho para chegar em casa, teremos n motivos.
Esse assunto me chamou a atenção por ser a matéria de capa da nossa parceira a revista Mente e Cérebro neste mês de março. Com o título “Por que nos preocupamos tanto?
A preocupação crônica se origina da compulsão por controle; porém, quanto maior a aflição, menos somos capazes de encontrar soluções criativas” http://twixar.com/b4n
No artigo temos a descrição de algumas pesquisas, um escala para mensurar se você é alguém com tendências a ser preocupado, há uma relação da preocupação com a ansiedade generalizada, vale a pena ler, a revista já está nas bancas.
Todo ansioso, tende a ser preocupado, pois a ansiedade está diretamente relacionada a antecipação, as pessoas costumam sofrer antes da hora, ficam alertas para os possíveis eventos aversivos que possam acontecer. Uma característica comum aos ansiosos como é destacado na chamada da matéria é o excesso de controle. O interessante é que algumas pessoas justificam o fato de serem controladoras, com a necessidade de serem prevenidas, de terem garantias de que tudo está bem.
A principal desvantagem da preocupação é o sofrimento que ela pode ocasionar, quando ela ocorre em excesso, foi comprovado que pensamentos excessivos aumentam os níveis de estresse e conseqüentemente aumentam os níveis de cortisona no organismo e isto não é bom para a nossa saúde física e mental.
Pensando neste assunto encontrei o seguinte artigo O que nossos pacientes querem e necessitam saber sobre transtorno de ansiedade generalizada? Que apresenta a relação entre preocupação e ansiedade, discute um pouco como os pacientes podem ficar céticos com relação ao tratamento e as vezes buscam muitas informações em sites, por excesso de preocupação e algumas vezes podem até ficar mais confusos. Para ler na íntegra http://twixar.com/1s5
Entendo esta situação a partir do modelo cognitivo de Beck, percebemos que a preocupação pode ativar algumas crenças disfuncionais que podem ter conseqüências ruins para a pessoa, como exemplo de crenças que podem ser ativadas em situação de ansiedade é o medo de errar ou as coisas deveriam acontecer exatamente como eu planejei. Quando estas crenças se tornam disfuncionais elas farão com que a pessoa se torne extremamente perfeccionista ou que ela fique extremamente frustrada por não conseguir realizar suas atividades do modo desejado, ou que possa ter seus relacionamentos prejudicados por exigir demais dos outros.
No trabalho terapêutico nós iremos ajudar a pessoa a flexibilizar suas crenças e encontrar outras alternativas para enfrentar situações aversivas e/ou imprevistas.
Para enfrentar melhor a preocupação é importante se conscientizar de que não temos garantias para nada na vida e não há manual de instrução para lidar com as pessoas e lidar com imprevistos pode nos fortalecer. Isso não é novidade, pode parecer simples, no entanto na maioria das vezes não valorizar coisas simples da vida tem feito as pessoas sofrerem há milênios.

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