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17.2.11

Transexualidade - uma possibilidade ainda rejeitada?

Muitas pessoas não entendem o que é ser uma pessoa transexual, outras até entendem, mas não aceitam ou não concordam, parece-me que poucas são aquelas pessoas que entendem e aceitam. Mas porque isto ocorre? Porque apesar de vivermos em um momento no qual o acesso à informação e ao conhecimento está tão facilitado ainda há tanto desconhecimento?

Estou abordando este tema pelo fato de que como psicólogo me deparo com os mais diferentes sofrimentos humanos, inclusive com a dor preconceito, a dor da incompreensão, da exclusão ,da rejeição. Além disto, o que despertou o interesse em discutir este tema, foi a presença de uma transexual na 11ª edição do Big Brother Brasil (BBB), a Ariadna.

Como muitos sabem ela foi eliminada no primeiro paredão, e com um alto índice de votação (se não me engano com 49% dos votos). Após a eliminação surgiram muitos comentários, se este índice seria indicativo de rejeição, preconceito, ou se foi resultado do comportamento dela na casa.

Independente de qualquer coisa penso que é importante abrir uma discussão acerca do tema. A transexualidade hoje em dia é uma possibilidade real. Mas se a sociedade está preparada para aceitar e conviver com este fato... eu tenho dúvidas.

A presença da Ariadna na Rede Globo, abriu um espaço enorme para se falar sobre o assunto. Era e ainda é muito comum as pessoas não saberem como se referir a uma pessoa transexual, como chamar - Ela ou Ele? transexual é a mesma coisa que travesti? ou como foi comentado por um dos participantes "Ela é homem, mas sem o bilau...".

Como dá para perceber existe uma grande confusão em torno da transexualidade, as pessoas não sabem o que é, como estas pessoas vivem, o que as leva a decidir seguir por este caminho, não sabem como se comportar frente a uma transexual, talvez este desconhecimento seja um dos principais fatores que influenciem na rejeição. Mas enquanto não nos propusermos a conhecer o desconhecido, sempre teremos dúvidas, medos, incertezas e PRECONCEITOS.

Precisamos ter coragem de abrir os olhos e o coração para reconhecer que a diversidade existe, e cada um tem o direito de ser feliz como quiser.

Ser transexual não é crime, a pessoa não está comentendo nenhum delito, não está prejudicando ninguém, não está colocando a vida de ninguém em risco, portanto...

O que você pensa sobre este assunto? Dê sua opinião.

Para aqueles que não sabem o que é uma pessoa transexual, vou tentar esclarecer um pouco.

O homem ou a mulher transexual sentem um grande desconforto com relação ao corpo com o qual nasce, sentem como se este corpo fosse inadequado ao que sentem, ou como se percebem. Neste sentido a pessoa transexual não consegue se identificar com o corpo de nascimento, e se identifica totalmente com o corpo do sexo oposto. Além das quetões físicas e corporais, o transexual desenvolve uma identidade também contrária, ou seja o menino se identifica com o corpo feminino e a identidade sexual tambem é feminina, desta forma há um total descompasso entre a psiquê e o corpo da pessoa.

O transexual se identifica de tal forma com o corpo do sexo oposto, que sente a necessidade de passar por uma transformação corporal, pois somente desta forma poderá se sentir integrado. Através da cirurgia de mudança de sexo, a pessoa poderá conciliar sua identidade psicológica e seu corpo. Como o próprio nome da cirurgia diz, é uma mudança de sexo, sendo assim, é incorreto dizer que "é uma mulher num corpo de homem", ou vice-versa, pois de fato houve uma mudança de sexo.

Um coisa importante de frisar é que ser transexual não é uma escolha e sim uma condição. Ninguem escolhe ser transexual, mas todos podemos escolher sermos felizes e nos aceitar como somos.

4 comentários:

  1. Penso que uma parte do preconceito se dá justamente por conta do desconhecido... Agora as pessoas precisam aceitar que as pessoas fazem as coisas para poder se adaptar parar se sentir inteira, para ser feliz e respeitar as escolhas do próximo, não afeta ninguém além dele mesmo e não prejudica ninguém, não consigo ver com isso pode ser um mal...

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  2. Olá Aline, que legal receber um comentário seu!
    Saudades!!
    Como você mesma disse muito do preconceito se dá pelo desconhecido, sendo assim é importante que possamos espaços para falar sobre estes e outros assuntos que muitos preferem deixar debaixo do tapete.
    Somente conversando, pensando, refletindo poderemos aprender mais sobre o ser humano e todas as variações presentes e possíveis!
    Desde que uma atitude uma ação não prejudique ninguém qual o problema?

    Um big bj!

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  3. Senhor penso em muitas coisas mas este seu pensamento sobre isso fez com que eu tomasse coragem para falar uma coisa que nunca falei para nimguem acho que sou transesual sempre tive comportamento feminino tenho doze anos e ano passado comecei a pensar se eu era transesual depois de assistir uma reportagem de Lea t li varia materias sobre o caso do transesualismo.Eu sempre mexia nas coisas da minha mãe sempre brinquei de bonecas e adorava ponhar camisetas na cabeça para fingir que tinha cabelos grandes gosto de garoto nunca me interessei por meninas só tenho amigos meninas meu jeito de andar sentar falar é totalmente feminino nunca contei nada disso para meus pais por medo porque aqui em casa todos me veen como um gay desde os meus 8 anos de idade agora eu para e te faço uma pergunta eu sou transexual?

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  4. Olá "Anonimo" sinto muito pela demora em responder seu post.
    Pelo que escreveu você tem 12 anos de idade, este é um período de muitas transformações físicas, sociais e psicológicas e é comum surgirem dúvidas, desde que profissão escolher até mesmo sobre a própria sexualidade, contudo é fundamental que você acredite que pode ser feliz, por mais difícil que pareça.
    Infelizmente não tenho como lhe responder diretamente à sua pergunta.
    Quando surgem dúvidas quanto a sexualidade é importante que possamos procurar profissionais que possam nos ajudar. Como você comentou sobre a entrevista da Léa T no Fantástico acredito que deva ter visto que ela comentou ter passado por psicólogo e psiquiatra, isto é necessário quando falamos sobre Transexualidade.
    Como você comentou que sua família acredita que você é "gay" sugiro que você converse com sua mãe ou seu pai (com quem você se sentir mais a vontade) sobre a possibilidade de fazer psicoterapia com um psicólogo, e falar para o profissional sobre essa sua dúvida. Somente realizando algumas avaliações é que poderá ser confirmada sua hipótese. Eu não posso afirmar nada a seu respeito, pois não realizamos nenhuma avaliação.
    Sei que este é um passo difícil de ser dado, mas é importante, afinal de contas pelo o que você escreveu tive a impressão de que você está sofrendo.
    Você pode falar para seus pais que quer fazer terapia para se entender melhor, e entender melhor o que está acontecendo com você, assim como quer se preparar para enfrentar o medo de ser "gay" (sugiro isto pelo fato de que imagino que deve ser muito complicado falar para os pais sobre ser ou não transexual, além do fato de que ainda não foi feita nenhuma avaliação).
    Espero que você consiga conversar com seus pais e que encontre um bom profissional para te ajudar.
    Sempre que quiser pode nos escrever.
    Abç.

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